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sexta-feira, 26 de junho de 2015

Coesor caseiro - Detector de sinais eletromagnéticos.

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Coesor caseiro - Detector de sinais eletromagnéticos.

 Confira o experimento e aprenda a fazer um detector de sinais eletromagnético - Coesor - caseiro, usando componentes simples e de fácil acesso.


Vídeo - Coesor caseiro: 

 

Teoria e funcionamento:

Em 1884 o físico italiano Temistocle Calzecchi-Onesti descobriu o princípio do radiocondutor, observando que um tubo isolante com um pouco de limalhas de ferro era sensível à passagem de faíscas elétricas. Posteriormente, em 1890 o detector foi aprimorado pelo físico francês Édouard Branley para poder detectar ondas Hertzianas ou ondas de rádio, já produzidas pelo físico alemão Heinrich Rudolf Hertz, em 1887. Em 1892, o físico inglês Sir Oliver Joseph Lodge aperfeiçoou o detector de Branley-Calzecchi-Onesti, dando-lhe o nome de coesor. Esse dispositivo também ficou conhecido como rund funk  (chispa ao redor). 

Coesor caseiro - Detector de sinais eletromagnéticos.


O Coesor nada mais é do que um tubo de vidro ou outro material isolante onde é inserido um pó metálico (limalha metálica) muito fino, geralmente níquel, e dois eletrodos de metal nas extremidades dos tubos. A resistência deste pó entre os eletrodos em condições normais é muito alta, ou seja, a condutividade elétrica é muito pequena. No entanto, a resistência tende a cair drasticamente quando o coesor e submetido a uma onda eletromagnética. Neste momento a condutividade elétrica do circuito aumenta, permitindo o fluxo de corrente vinda de uma bateria. 

Coesor caseiro - Detector de sinais eletromagnéticos.

O coesor era utilizado como detector de sinais nos primeiros anos depois da invenção do rádio. Os sinais geralmente eram produzidos por um faiscador ou gerador de centelhas, que podia ser uma pequena bobina de RuhmKorff ou Tesla acopladas em um ressoador de Hertz. Marconi usou o coesor em seus testes para fazer a campainha de seu primeiro receptor de rádio em 1894. Também foi bastante utilizado nos primeiros sistemas de código morse.

Quando o coesor era submetido a uma onda de radiofrequência, o pó metálico se unia e não permitia detectar um próximo sinal, sendo necessário acoplar ao dispositivo um pequeno martelo que dava pequenas pancadas para soltar o material metálico. 

O coesor posteriormente foi substituído pelo detector de Galena e depois pela válvula eletrônica.
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Sobre o autor:

Fellipe Bastos: Mestre em Engenharia Elétrica com linha de pesquisa em Automação e Controle. Tem interesse pelas áreas da robótica, eletrônica de potência, sistemas de controle e afins.

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